“Estado gaúcho” não existe!

Muitas pessoas usam a expressão “estado gaúcho” ou “estado paulista” quando querem fazer referência a essas unidades da federação. Acham que fica mais bonito (ou economiza mais espaço) do que usar “estado do Rio Grande do Sul” ou “estado de São Paulo”.

Mas como isso poderia estar certo se, para o estado ser gaúcho (ou paulista), é preciso ter nascido no próprio estado? Confuso, não?

Ora, “gaúcho”, ou “paulista”, ou qualquer outro gentílico, refere-se ao habitante ou nascido nesses lugares. É, portanto, um adjetivo, que caracteriza um substantivo (vamos usar, como exemplo, “estudante gaúcho”: o adjetivo “gaúcho” atribui uma qualidade ao substantivo “estudante”).

Aí é que vem o problema: quando dizemos “estado do Rio Grande do Sul”, a expressão “do Rio Grande do Sul” não é uma locução adjetiva. Ela é um aposto especificador. Em outras palavras: ela não atribui uma qualidade ao substantivo “estado”; apenas o nomeia! Em razão disso, não é possível substituí-la por “gaúcho” ou qualquer outro adjetivo pátrio correspondente ao nome do estado.

Portanto, cuidado na próxima vez: não existe “estado gaúcho”, “estado fluminense”, “estado paulista”, etc.

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